"JESUS O MESTRE DOS MESTRES"

“QUE O MESTRE DA VIDA, JESUS; mostre-lhe que educar é um exercício diário em busca da superação dos nossos limites, lhe ensine a não ter medo de viver e a compreender os ensinamentos mais difíceis da sua história. QUE O MESTRE DO AMOR lhe ensine que a vida é o maior espetáculo no teatro da existência. Depois da mais longa noite surgirá o mais belo amanhecer.”

ESPERE-O

"O grande segredo da educação pública de hoje é sua incapacidade de distinguir conhecimento e sabedoria. Forma a mente e despreza o caráter e o coração. As consequências são estas que se vê." (Theodore Palmquistes)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA - UNINDO ESFORÇOS, SUPERANDO DESAFIOS



Desafios do coordenador pedagógico
Mais do que resolver problemas de emergência e explicar as dificuldades de relacionamento ou aprendizagem dos alunos, seu papel é ajudar na formação dos professores.
Silvana Augusto


Muito se tem falado sobre o papel do coordenador pedagógico. Afinal porque ele é necessário
Quem dera coordenar fosse simples como diz o dicionário: dispor segundo certa ordem e método; organizar; arranjar; ligar.

O coordenador pedagógico, muito antes de ganhar esse status, já povoava o imaginário da escola sob as mais estranhas caricaturas. Às vezes, atuava como fiscal alguém que checava o que ocorria em sala de aula e normatizava o que podia ou não ser feito. Pouco sabia de ensino e não conhecia os reais problemas da sala de aula e da instituição. Obviamente, não era bem aceito na sala dos professores como alguém confiável para compartilhar experiências.

 Outra imagem recorrente desse velho coordenador é a de atendente. Sem um campo específico de atuação, responde às emergências, apaga focos de incêndios e apazigua os ânimos de professores, alunos e pais.

  Engolido pelo cotidiano, não consegue construir uma experiência no campo pedagógico. Em ocasiões esporádicas, ele explica as causas da agressividade de uma criança ou as dificuldades de aprendizagem de  uma turma. Hoje o coordenador organiza eventos, orienta os pais sobre a aprendizagem dos filhos e informa a comunidade sobre os feitos da escola.

  Mas isso é muito pouco. Na verdade, ele se faz cada vez mais necessário porque professores e alunos não se bastam. Além das histórias individuais que todos escrevemos, é preciso construir histórias institucionais. É duro constatar a fragilidade de tantas escolas que montam um currículo e uma prática efetiva durante anos e perdem tudo com a transferência ou a aposentadoria de professores.

   Construir história nos torna humanos, e é de estranhar que, justamente na escola, tantas vezes tudo recomece do zero. O coordenador eficiente centraliza as conquistas do grupo de professores e assegura que as boas idéias tenham continuidade.

  Além do que se passa dentro das quatro paredes da sala de aula, há muito mais a aprender no convívio do coletivo - no parque, no refeitório, na rua, na comunidade.

  A dinâmica nesses espaços deve ser ritmada pelo coordenador. É preciso lembrar ainda que só quem não esteja em classe, imerso naquela realidade, é capaz de estranhar. E isso é ótimo! É do estranhamento que surgem bons problemas, o que é muito mais importante do que quando as respostas aparecem prontas.

 Só assim é possível que o coordenador efetivamente forme professores (e esse é o seu papel primordial). Ampliando a significação do dicionário, eu diria que no dia-a-dia de uma instituição educativa é preciso:
Ø 
     Dispor segundo certa ordem e método as ações que colaboram para o fortalecimento das relações entre a cultura e à escola;
Ø 
     Organizar o produto da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de ensino e da avaliação da prática;
Ø 
    Arranjar as rotinas pedagógicas de acordo com os desejos e as necessidades de todos; eleger e interligar pessoas, ampliando os ambientes de aprendizagem.

 Esse é o sentido de ser um bom coordenador, não de uma instituição, mas de processos de aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos como os que temos nas escolas. Que os que desejam se responsabilizar por essa importante função vejam aqui um convite para criar um estilo de coordenar.


AUGUSTO, Silvana. Desafios do coordenador pedagógico. Nova Escola. São Paulo, n. 192, maio 2006. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0192/aberto/mt_133398